Bem-vindos à Edição 61 do SOSAnimalradio na RDS, um programa semanal de Protecção animal.
NOTÍCIAS
Também graças a si que ouviu este programa, leu este blogue, e fez questão de participar activamente, enviando aos patrocinadores previstos, também o seu desagrado, a Ben & Jerry´s Reino Unido anunciou a total dissociação da empresa em Portugal relativa a esta vergonhosa tourada promovida por associações de estudantes universitários de Lisboa.
Logo de seguida, a organização da Garraiada Académica de Lisboa anunciou a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como patrocinadora deste evento sanguinário.
Mais uma vez, uma reacção de protesto imediata da ANIMAL levou a que um responsável de comunicação e relações públicas do maior banco português entrasse em contacto com o Presidente da ANIMAL para confirmar que a CGD se iria dissociar totalmente da dita garraiada, “por considerá-la um evento polémico” e “não querer ficar associada ao mesmo”, afirmou.
Em menos de 24 horas, a ANIMAL deixou a Garraiada Académica de Lisboa sem patrocinadores – assim permanece até hoje!
A propósito, recebemos um e-mail de uma ouvinte deste programa que, para alem de nós fez seguir a mensagem a várias entidades. Foi a Joana Azevedo, e passo a citar:
Caros apoiantes de touradas ou das garraiadas académicas de Lisboa, Coimbra e Porto nos dias 30 de Abril, 10 e 11 de Maio:
- Como é possível? É inacreditável! Mesmo que sendo uma prática comum, para mim continua a ser inacreditável!
Já não é certo e sabido que a dor e sofrimento animal é real, que existe?! Que os animais também têm nervos sensitivos, sentem a dor, a pressão emocional e o pânico, tal como nós?!
Gostam de ver os animais nesse estado?! Porquê? Porque somos mais fortes?
Acho que a resposta será:
Porque não vos dói no corpo nem na alma o que lhes sucede… Não querem que mudemos de mentalidade porque acham que nós somos seres superiores, e é assim que devemos ser vistos.
Se não é essa a verdade, então provem-me o contrário e desistam do apoio a estas garraiadas!
Quando vamos sair deste espírito desumano, que nos coloca abaixo de qualquer animal à face da terra?!
O desrespeito e maldade não pensem que é só aplicado aos animais no momento que apoiam tais actividades, é também um atentado contra a humanidade. Que educação está a ser dada com estas garraiadas? Que futuro damos aos que cá ficam depois de vós, se não lhes abrirmos os olhos para a protecção dos animais, da natureza e de nós mesmos?
Continua o divertimento a ser um bem maior que compense tal barbaridade?
De certa forma acredito na mudança. Sei que só somos o que somos hoje à custa de coisas boas e más. A história é feita tanto de acontecimentos horríveis como de acontecimentos magníficos. Somos o que fazemos, as atitudes que tomamos, os caminhos que escolhemos.
Não vos escrevo para vos ofender, escrevo para que tomem a iniciativa de desistir de apoiar estas garraiadas e passarem a apoiar outro tipo de actividades a favor dos animais e da natureza. Acredito que até a humanidade possa ser perdoada do sofrimento que infligiu até hoje, se tudo fizermos para nunca mais praticar estes actos, se corrigirmos os nossos erros, salvando os actuais animais em sofrimento e mudando todos os processos que o impliquem. Refiro-me a tudo, incluindo o uso de animais para divertimento.
Por favor, mudem! Peço-vos em nome dos animais que vão pisar as arenas nestes dias e em nome de todos que continuarão a sofrer, caso ninguém tome a atitude correcta colocando um travão nisto tudo!
Não à violência contra animais!
Temos agora uma nova campanha para poder ajudar mais um bocadinho o Refúgio das Patinhas para eles poderem comprar um bem essencial: a ração para os animais que protegem!
Por isso eles fabricam uns Pins em feltro e aplicação de stickers (mini-cenários) a 1€ cada Pin.
(a venda destes produtos reverte totalmente a favor do Refúgio das Patinhas para compra de ração para os animais)
Divulgue esta mensagem pelas pessoas que conhece!!!
Visite-nos em:
Os pins são lindíssimos e eu já encomendei os meus!... e você? Realmente 1€ não é nada, não pesa no nosso orçamento mas pode fazer uma grande diferença para os animais.
Saiba também que os preços a praticar são os mesmos dos últimos 4 anos, ou seja, 4,40 euros por cada vacina e 12,60 euros por micro chip.
Agora, não tem desculpa para não legalizar o seu animal!
Alertamos para o facto de que a vacinação anti-rábica é OBRIGATÓRIA para todos os canídeos após os três meses de idade, e a colocação de identificação por micro chip é obrigatória para os animais de raça perigosa, de caça, e para todos os animais que nasçam a partir de Julho de 2008.
Os proprietários de animais potencialmente perigosos (Rottweiller, Pitbull, por exemplo) devem ainda esterilizar os seus animais no prazo máximo de 4 meses.
Assina
Fernando Rodrigues
Médico veterinário Municipal de Valongo
ou em
http://anacpmreis.googlepages.com/Datasl_campanha__vacinas.pdf
Nas últimas semanas tem circulado um abaixo-assinado na Internet contra a participação do artista costa-riquenho Guillermo "Habacuc" Vargas numa bienal da América Central. O motivo da petição on-line é uma instalação artística em que Habacuc supostamente deixou um cão de rua morrer de fome, à vista do público, o que causou revolta e protestos entre activistas da causa animal.
Intitulado "Exposición nº 1", o projecto foi exposto numa galeria da Nicarágua em Agosto do ano passado, acompanhado por uma crescente polémica. A obra foi inspirada na morte de um imigrante nicaraguense, Natividad Canda Mayrena de 24 anos, devorado há dois anos por dois cães Rottweilers de uma oficina de Cartago, cidade da Costa Rica. Esse acontecimento foi filmado por câmaras de TV e polícias que estavam no local disseram que não puderam intervir atirando contra os cães porque a vítima seria atingida.
Habacuc, um artista de 32 anos que escolheu o seu pseudónimo de um profeta bíblico, "porque soa bem", montou "Exposición nº 1" usando cinco elementos que remetiam à morte do imigrante: a gravação do hino sandinista (movimento político nicaraguense) tocado ao contrário, um "incensário" onde se queimaram pedras de crack e alguns gramas de canabis, um cachorro que foi apelidado de Natividad na obra, comida para cão (com biscoitos que formavam a frase "Você é o que você lê") e a representação dos vários tipos de mídias (médias ou meios de comunicação).
Contrariamente ao que diz o e-mail que circula com o convite para abaixo-assinado, ele não foi seleccionado para Bienal de Arte Centro-Americana de Honduras por causa da instalação sobre Natividad. O comité da Costa Rica, que seleccionou o nome de Habacuc para representar o país no evento, emitiu um comunicado dizendo que não houve nenhum tipo de avaliação relacionada a "Exposición nº 1".
Portanto, Habacuc não repetirá "Exposición nº 1" em Honduras.
Onda de manifestações
Não tardou muito para se formar uma onda de manifestações contra Habacuc e a própria galeria nicaraguense Códice - que abrigou a "Exposición nº 1" - após o surgimento em blogs e sites diversos das fotos de Natividad, o cão, que foi recolhido nas ruas de Cartago. Uma jornalista, Rosa Montero, escreveu um artigo no prestigiado jornal espanhol "El Pais" em que condenava o projecto do artista costa-riquenho e convidava os leitores a participar na petição.
"A repugnante montagem de Habacuc reabre as questões dos limites da arte, ou, como sob a desculpa do feito artístico, se podem cometer todo o tipo de abusos que em realidade somente pretendem chamar a atenção [...]", dizia uma passagem do texto desta jornalista Espanhola.
Em entrevista ao G1, por e-mail, questionado sobre os limites que a arte tem, Habacuc responde sucinto: "Você acredita que a exploração, a xenofobia, o ódio aos pobres e, em geral, as relações com o poder são produto da arte?". O artista também comenta as reacções inflamadas sobre a sua obra: "são delirantes, reflexo de um mal-estar que tem raízes no dia-a-dia das pessoas e que se pretende fazer passar por solidariedade para com os demais seres; se eu estivesse errado, não haveria tantos seres humanos e animais na indigência".
A morte do cachorro Natividad foi dada como certa por muitos que se depararam com a história acerca da instalação, mas a verdade é bem mais nebulosa – uma farsa pode ser a explicação para a "realização" da obra. Habacuc responde por escrito apenas que "Natividad morreu, os meios foram cúmplices", sem especificar qual Natividad morreu. Ele justifica a frase ambígua dizendo que "desconfia das mensagens claras". "Assim, quero deixar uma dúvida clara. O pior que pode acontecer com uma obra é não produzir nada no espectador, por isso a obra não terminou no sentido de que continuam a falar dela".
Contactada pelo G1, a directora da Galeria Códice, Juanita Bermudez, recusou-se terminantemente a dar uma entrevista, mas encaminhou um texto em que esclarece, na visão da instituição, o que aconteceu com o cão Natividad nos dias em que a instalação esteve aberta.
"O cão permaneceu no local três dias, a partir das cinco da tarde da quarta-feira, 15 de Agosto [de 2007]. Esteve solto todo o tempo no pátio interior, excepto as três horas que durou a mostragem, e foi alimentado com comida canina que o próprio Habacuc trouxe. Surpreendentemente, ao amanhecer de sexta-feira, 17, o cão escapou passando pelas vergas de ferro da entrada principal do imóvel, enquanto o vigilante nocturno que acabava de alimentá-lo limpava a calçada exterior do local", afirmava o comunicado assinado pela própria Juanita.
"Eu pensava em ficar com Natividad, mas ele preferiu retornar ao seu habitat", completava o texto.
Para a professora aposentada da USP e uma das mais respeitadas professoras de arte do país, Ana Mae Barbosa, pensa que "Exposición nº 1" "extrapola os limites da ética no sentido de que mantém um ser vivo propositadamente preso, à beira da inanição. O objectivo é extremamente político. Não tenho nada contra a relação da arte com a política nem contra usar a arte para protestar politicamente, mas, na minha opinião, o artista incorreu num erro".
"Mesmo que tudo isto tenha sido uma farsa, pode ser extremamente perigoso. Uma farsa vai induzir a uma interpretação [da obra] farsante. É um tipo de provocação que passa dos limites da educação humanística", completa Ana Mae.
A artista, pesquisadora e professora da Universidade de Caxias do Sul (RS) Diana Domingues, especializada em arte contemporânea, também concorda. "Em qualquer campo da actividade humana deve haver respeito à ética. A própria arte cobra esse respeito", diz.
APELOS
O Xiquinho é um rapaz saudável, está desparasitado e vacinado e vai ser um cãozinho adulto de porte médio.
As famílias interessadas em adoptar o Xiquinho deverão prestar-lhe cuidados médico-veterinários, alimentação adequada e integração absoluta no seio familiar durante toda a sua longa vida. Não aceitamos famílias que pretendam confinar o cãozinho a um quintal, varanda ou qualquer outro espaço da habitação.
RESERVAMO-NOS O DIREITO IMPRESCINDÍVEL DE ENTREGAR O CÃOZINHO NA SUA FUTURA MORADA, BEM COMO A FUTURAS VISITAS, COM O OBJECTIVO DE AVALIAR A EVOLUÇÃO DA ADOPÇÃO. Contacto: Patrícia cardoso 91 254 75 85
Contactos - 966420094 (Cristina Ferreira)
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Lembro às Associações, grupos ou indivíduos que organizam e participam em Campanhas de adopção animal e que queiram ter divulgadas essas acções neste programa devem enviar todos os detalhes para o endereço alexandre@rds.pt
Este blogue foi efectuado com conteúdos a cargo de um conjunto de ouvintes e amigos dos animais que diariamente nos informa. O programa de hoje teve edição e apresentação de Alexandre Campos Silva, despeço-me até para a semana, obrigado por ser amigo e proteger os animais.