sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

PROGRAMA EMITIDO A 24 -01- 2008

ESTAMOS A LIDAR COM VIDAS !

De regresso ao programa do SOSAnimal na RDS, estamos na 2ª parte do tema que deixámos na semana anterior, ou seja, começámos por falar dos animais que são entregues às vezes não se sabe bem a quem e que são aplicados muitas vezes em situações de maior desespero do que aquela em que eles se encontravam na altura da adopção, noutras situações para lutas quando são animais de porte grande e como por exemplo este anúncio que foi parar ao nosso email onde chegam diariamente centenas de pedidos de apelo a animais abandonados, que fala de alguém que queria um casal de cães de porte pequeno. Ao telefone parecia uma pessoa impecável, amigo dos animais, mas que não tem condições para adoptar nenhum animal pois a pessoa que foi contactada, deslocou-se à casa do pretendente a adoptante, com um casal de podengos e nem sequer os tirou do carro. E porquê? Porque a casa deste individuo era num bairro de barracas, onde estão diversos cães na rua sem dono, uma casa, uma barraca com cerca de 20m2 e à porta com imensos cães na rua, sem local de protecção, porque é que este individuo queria mais dois cães, mais um casal de cães de porte pequeno? O que é que ele quereria fazer com aqueles animais se tem tantos ali à porta e estão ali deitados, praticamente ao abandono.

Por isso apela-se aqui a muito cuidado, é preciso cuidado também quando alguém se oferece para família de acolhimento temporário (FAT).

O que se tem verificado em muitas situações, são pessoas que querem ser famílias de acolhimento temporário, “aproveitam-se” do desespero que as associações e as pessoas que se dedicam a esta causa encaram todos os dias, que é o desespero de não ter mais sítio, não ter mais dinheiro para pagar mais hotéis e não ter qualquer solução e depois verificamos que muitas das situações, e começamos mais vezes a ter que negar adopções e famílias de acolhimento temporário do que aceitar porque efectivamente as pessoas não têm condições económicas, nem psicológicas, nem de espaço, nem afectivas e muitas vezes têm más intenções para com os animais, nomeadamente, criadores de quintal, como lhes costumamos chamar, que querem animais de determinadas raças para acasalarem com outros animais que já possuem, para depois fazer negócio. Por isso muita atenção a este tipo de situações, esta da criação era facilmente colmatada se todos nós metêssemos na cabeça que é essencial esterilizar cães e cadelas, aliás, cadelas sem dúvida nenhuma e os cães também, sejam de raça ou não, para evitar este tipo de situações e outras, e também começar a haver uma fiscalização mais cerrada. Outra situação que vai aparecendo também, são os chamados hotéis de quintal, porque quando vamos ver as condições que as pessoas têm esses animais, são de fugir! Ora porque estão amarrados, lembro-me duma situação há pouco tempo aqui na margem Sul, que uma senhora dizia ter um hotel social, ou seja, tu metias lá os animais e era por isso mais barato e depois eles estavam amarrados a tanques! Por isso estão a ver as condições em que os animais estavam. Outras situações que também aparecem, são de pessoas que querem ganhar dinheiro com esta situação e este desespero e são famílias de acolhimento temporário, pagas! Também não vão por aí, porque não me parece que quem queira ajudar nesta causa, queira receber dinheiro e se não é ajudar, por isso muita atenção a este tipo de situações, muita atenção às pessoas que dizem que querem ajudar e isso não é verdade, e infelizmente, no mundo há de tudo, e o que aparece mais, infelizmente, são pessoas que não querem ajudar nada, querem é ganhar alguma coisa com isso e por vezes eu nem percebo muito bem o quê, e conseguem estragar situações, conseguem maltratar animais, conseguem fazer desaparecer animais, e por isso muito cuidado, porque nós estamos a lidar com vidas, não estamos a lidar com factos, nem com papéis, nem com projectos: estamos a lidar com vidas!

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CANTINHO DAS ADOPÇÕES

Passamos de imediato para o capítulo das adopções que aqui vamos tendo semanalmente, para lembrar aquele assunto que aqui falámos não há muito tempo, de uma senhora que tinha na sua posse 48 felinos. Gatos e gatas, tudo à mistura que conseguiu, estava desesperada porque foi forçada a ficar sem eles e vai ser despejada desta casa, e entretanto o SOSAnimal conseguiu já esterilizar 46, portanto, faltam 2 gatinhas e grande parte deles ainda está em famílias de acolhimento temporário e 6 ainda se encontram na casa desta senhora e têm que ser retirados. Os outros entretanto, foram adoptados. Dos que se encontram ainda em FAT temos muitos gatos e gatas, já todos esterilizados, todos jovens com menos de 1 ano de idade, muitos meiguinhos, habituados a estar em casa, são todos uns amores. Esta senhora vai para outra casa e apenas pode levar 3 gatos com ela, de modo que os outros vão ter de ser todos reencaminhados.

Aqui fica mais um alerta para as pessoas que gostam muito de gatinhos, e que fazem muito bem, mas esterilizem-nos para que de um não acabe em vinte ou trinta rapidamente, pois como sabem, os gatos têm o poder de ter muitos filhotes de cada vez, por isso muito cuidado e não se esqueçam: a esterilização sempre em primeira linha!

Estes gatinhos estão para adopção por isso fica aqui o contacto da pessoa que os tem para adopção:

Lígia 91 783 0833

Para além desta situação dos gatos, temos ainda outras situações para adopção:

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A RAFA E A KELLY

São duas cadelinhas do Canil de Lisboa, entre outras, que nós resgatámos, e que ainda não arranjaram dono. Já estão esterilizadas, são pequeninas, habituadas a estar em casa, lindas... (assim que possa publico foto da Rafa...ALEXANDRE!!!)

Liguem para a Maria João 91 602 8900

Fazemos aqui uma pequena chamada de atenção para o facto de que este número da Maria João é só para adopção destas duas cadelinhas, porque a última vez que referimos este número as pessoas ligaram para ela mas para entregar cães em vez de quererem adoptar.

Vamos lá a ver se através deste programa e deste blogue conseguimos ajudar a salvar a vida a alguns animais que precisam de dono.

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Não se esqueça, é necessária a sua colaboração, quanto mais não seja fazendo-se sócio do SOSAnimal porque esse simples gesto de se fazer sócio, vai contribuir e muito, para ajudar os animais abandonados e maltratados.

No site do SOSANIMAL em http://www.sosanimal.com/ encontra o link para a sua Ficha de Inscrição na qual vai pagar 20 Euros por ano e ajudar o SOSAnimal nesta luta diária de protecção dos pequenos amigos de quatro patas.

Se achar mais prático, clique aqui mesmo, para o link directo para a Ficha de Inscrição, mas não deixe de visitar as outras páginas do site do SOSAnimal, onde poderá tomar conhecimento de todas as acções a decorrer, já decorridas, como ajudar, voluntariado, etc, etc, etc.

Lembramos ainda que para nos contactar poderá fazê-lo por email para

Sandra Cardoso sandra.cardoso@sosanimal.com

Alexandre Silva alexandre@rds.pt

Contacte-nos, para que possamos receber da sua parte todas as informações ou sugestões que entender por bem, comente este blogue também, vamos gostar muito de saber novidades aí desse lado, essencialmente histórias de sucesso na protecção animal, pois gostaríamos muito de as trazer aqui também com alguma frequência ao seu programa.

E por esta semana é tudo, contamos voltar na próxima semana, e até lá...

Oh meus amigos... o blogue está no ar, tarde ou cedo, não importa! O que importa mesmo é ajudar e a minha imagem... ah! que importa isso? Eu, cá de longe, ajudo como posso e esta foi a melhor maneira que encontrei de o fazer. Fico muito contente por poder fazê-lo e só tenho pena mesmo é de não poder ajudar de outras formas. Cada email que recebo, cada foto que observo, é de um animal com que eu gostaria de ficar, mas não me é possível. Tal como a Sandra está sempre a dizer: não há condições. Já cá tenho 2 gatinhas, 1 cadelinha e um papagaio, todos resgatados e não tenho condições presentemente para mais, por isso não caio em tentação. Mais vale não o fazer do que não lhes poder dar condições. E pronto, estamos “respondidos” já que falam de mim no ar, falo de vocês no blogue, usando o meu "direito de resposta" eheheh

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

PROGRAMA EMITIDO DIA 17 – 01 – 08

E cá estamos de volta para mais uma edição do SOSAnimal na RDS, hoje já com a presença da Sandra, ultrapassado, ou quase, o problema de saúde que a impediu de estar presente na edição anterior, com muita pena da Sandra e principalmente nossa que tivemos de ouvir o monólogo do Alexandre.
E, apesar das desculpas formalmente apresentadas pela Sandra, penso que alguns de nós ainda estão a tentar recompor-se, mas a Sandra promete compensar-nos desse facto... a ver vamos.

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DIREITOS, DEVERES E RESPONSABILIDADES

Começamos por falar de um assunto que deve ser levado muito a sério (apesar de que hoje não me apetece mesmo nada falar a sério) por quem passa a vida a tentar proteger os animais, a tentar arranjar novos donos para eles, que são as situações com que por vezes nos confrontamos ao estarmos convencidos que estamos a entregar a felicidade da vida a um animal e de repente o animal vai parar às mãos de quem não deve ir. Situações como por exemplo:

- Imaginem que, por exemplo, encontramos uma ninhada de animais na estrada, levamos para casa (e fazemos muitíssimo bem) e depois fazemos um apelo ou colocamos um anúncio no jornal, começando a fazer a triagem dos donos. Muita atenção para isto! e porquê? Porque quem faz isto, faz um trabalho muito meritório e muito importante porque se cada um de nós fizesse uma vez na vida isso, os animais não estariam na rua e de alguma forma já teríamos este problema controlado. Resolvido não, mas controlado. Por isso não deixe de o fazer, achamos muito bem que o faça e tem todo o nosso apoio para isso.

Agora, como fazê-lo: Primeiro obrigue as pessoas, ou peça a alguma Associação se não tiver, até mesmo ao SOSAnimal, a preencher uma ficha de responsabilidade, porque essa ficha além de que é um documento com que se fica acerca da pessoa que leva o animal, é também uma maneira de o dono perceber que não é só levar o animal e depois fazer o que quiser como se fosse um casaco ou umas calças. Não, é uma animal, é uma adopção, é para a vida e existem tanto direitos como obrigações, nomeadamente, a obrigação de esterilizar o animal. Há certas pessoas que dizem “ah, ele/a não sai de casa, não faz mal”. Faz, faz mal por duas razões. A vida tem a tendência de arranjar formas de se multiplicar, por isso os animais também arranjam facilmente formas de o fazer, por isso nunca sabemos quando é que a cadelinha pode ficar grávida e nascerem mais não sei quantos. E aquela desculpa de que gostava muito que ela tivesse uma ninhada, pois nós também gostávamos muito que acabassem os animais abandonados em Portugal, pelo menos, e depois por aí afora, mas isso não se verifica exactamente por esse tipo de mentalidade. Que é só uma ninhada, é só uma mas depois são dez e depois esses dez dão mais cem e depois esses cem dão mais mil e andamos a trabalhar ou a nadar contra uma corrente fortíssima, e cada vez mais animais sofrem, são abandonados e passam aquelas coisas todas más que andamos sempre aqui a referir neste programa em vez de estarmos a falar de festas e teatro e de coisas boas.

Nomeadamente quando os animais são de porte grande a desconfiança de quem tem um animal para entregar a alguém deve ser ainda maior, porque normalmente, infelizmente, os animais de porte grande em algumas situações têm um destino que está omisso que é o facto de serem levados para as lutas, por exemplo.

E desconfiem mais ainda quando é uma pessoa que quer levar um animal bebé. Porque, primeiro, o animal é tão querido, tão lindo, são sempre muito bonitos e cabem na nossa mão, mas um animal que cabe na nossa mão com uma semana ou duas, depressa se vai tornar um animal do nosso tamanho, em pé, claro está, não é com as quatro patas no chão. Por isso muita atenção a quem dá cachorros, se forem animais que irão ficar de grande porte, muita atenção! As pessoas dizem que gostam de animais de grande porte mas depois normalmente vivem num apartamento, ou então vivem em vivendas mas por qualquer outro motivo, e isto é o pão nosso de cada dia, caros leitores, nós e a equipa do SOSAnimal lidamos com isto diariamente, chegam até nós a dizer que tinham uma vivenda mas que vão mudar para um apartamento e não podem ficar com os animais. E chegam-nos com a ameaça de que se não os ajudamos eles irão para o canil!

Ou seja, os animais grandes, têm ainda mais isto: estão sempre condicionados se o dono mudar de casa, não os quer levar para dentro de casa.

E refira-se que é realmente preciso ter uma grandessíssima lata, apesar de que lata é coisa que não falta aos portugueses e vivemos em Portugal, mas a realidade é que uma pessoa que tenha dois cães de porte grande e vai para uma apartamento ou seja qual for a razão, que se dirige a elementos que passam a vida a sacrificar a sua vida a tentar salvar animais que encontram na rua, que são abandonados, maltratados, e têm a lata de nos dizer que “ou tratam disto ou vamos ao canil”, sabendo que a situação pesa na consciência de cada um de nós que lutamos por esta causa diariamente, mas a resposta que mereciam é “eu não tenho nada a ver com isso, você leve o animal para onde você quiser!”. Pois... exactamente, era a resposta que mereciam, mas o que acontece, e é até o que acontece mais, porque há mais pessoas a fazerem o que vamos dizer a seguir do que a contactarem-nos e a dizer “resolvam vocês senão o animal vai para o canil”. O que mais acontece é pegarem nas suas coisas, abrem a porta da vivenda, enxotam os cães, já fizeram a mudança, vão-se embora e os cães ficam ou por ali, ou vão para a estrada, para o mato, ou então simplesmente matam-nos com veneno, ou dão-lhes um tiro, ou mandam abater. Isto meus caros leitores, infelizmente, é o que mais se verifica por este Portugal afora, por pessoas que têm filhos, por pessoas que têm família, por pessoas que acham que estão a fazer a única solução. Já vi olharem-me para os meus olhos e dizerem-me: -então o que é que queria que eu fizesse? -eu? Eu queria que fosse responsável e que adoptasse um animal como quem tem um filho porque quem tem um filho e muda de casa não vai metê-lo num orfanato, não vai deixá-lo no meio da rua, não! Vai levá-lo consigo, para o bem e para o mal, a vida é assim. Até o casamento o é, acredito, quanto mais a vida.

Portanto é isso que queríamos que as pessoas fizessem mas voltando à questão da adopção, muito atenção a quem ajuda os animais, às Associações, também, que dão animais para adopção, não entregarem os animais, verificarem in loco para onde os animais vão, obrigarem as pessoas a assinar o termo de responsabilidade e anexarem fotocópias do BI, do cartão de contribuinte, comprovativo de morada, porque já chegámos ao cúmulo de sermos enganados com moradas inexistentes, ainda há bem pouco tempo aconteceu isso quando fui verificar uma morada, ela não existia.

Temos que ter muito cuidado com isto e aperfeiçoar pois é pela experiência que vamos conseguir a «perfeição», por isso vamo-nos ajudando e trocando ideias nesse sentido e uma coisa muito importante é o termo de responsabilidade ser obrigatório e depois exigir a esterilização do animal caso a mesma não tenha sido feita por nós, porque infelizmente o dinheiro não dá para tudo e o mais normal é não conseguirmos esterilizar os animais que damos para adopção. Por isso, quando a pessoa vem buscar o animal, alertar logo para este facto, que o animal é uma responsabilidade, é uma despesa, come, tem vacinas, se ficar doente precisa de médico tal como um humano, e tem que ser esterilizado. Claro que entendemos que as esterilizações são extremamente caras, e pode dirigir-se a nós para que possamos de alguma forma ajudar a encontrar um veterinário em que tenha um preço um bocadinho mais baixo ou um bocadão mais baixo, para este tipo de situações, até porque no nosso entender, a esterilização não deveria ser encarada como uma vacina, ou como uma atenção médica secundária, deveria ser encarada como uma atenção médica principal porque vivemos estes tempos difíceis de tantos animais e tanta ninhada a todo o tempo e por isso temos que apostar na esterilização.

Se os veterinários nos ouvem ou nos lêem, por favor, mais uma vez, passamos a vida a pedir ajuda aos veterinários que não chega mas que continuamos aqui a pedir e, se não nos quer ajudar, tudo bem, mas ajude os animais no sentido de promover a esterilização dos animais que vão à sua Clínica e a não praticar aqueles preços que, como é óbvio, assustam as pessoas e as pessoas simplesmente não fazem.

E pegando nestas palavras, continuamos à espera e a acreditar que vai chegar um dia, o contacto de um médico veterinário ou de uma clínica que se disponha a fazer preços mais reduzidos nestes casos de animais abandonados. Continuamos à espera de que o telefone toque um dia e que venha de lá algum veterinário, alguma clínica, oferecendo-se para esse serviço de colaborar com a protecção aos animais abandonados e fazer melhores preços nessas cirurgias, nessas esterilizações.

Para o efeito podem ligar para o 21 226 8940 da RDS ou então através dos nossos contactos que pode consultar aqui no nosso blogue, para além, evidentemente, dos contactos que estão sempre disponíveis no site do SOSAnimal.

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CANTINHO DOS APELOS

Para terminar temos que fazer uma chamada de atenção de um apelo que nos chegou por email de uma cadelinha que foi encontrada em Chelas. Parece um caniche, cinza e preta, que foi encontrada com a trela e tudo. Portanto deduz-se que tenha sido perdida. Pesa 4,50Kg, tem 50 cm de comprimento e 35 de altura. Coleira vermelha e trela de metal com pega castanha. O pêlo é escorrido em cinzento escuro e cinzento claro em algumas partes. Foi encontrada numas escadas, na zona da sede do Autocarro que fica perto da Renault de Chelas e Templo Maior.

Caso saiba de alguém que tenha perdido uma cadelinha com estas características e conforme as fotos, por favor contacte a Fátima Lima que a tem na sua posse ou a SOSAnimal para a RDS pelo telefone 21 226 8940

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CAMPANHAS DE ADOPÇÃO

Este Domingo, no Alvito – Monsanto, em Lisboa, estaremos novamente à sua espera das 11:30 até cerca das 18 horas, conforme o sol nos permitir.

Como sempre estaremos com animais para adopção mas também a recolher donativos de todos os tipos que possa dispensar e como já foi amplamente divulgada a lista dos mesmos em artigos anteriores que pode aqui mesmo consultar.

Os animais agradecem e nós aqui estaremos para a semana dando voz áqueles que a não têm.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

PROGRAMA EMITIDO DIA 10 – 01 – 08

Seja de novo bem-vindo para mais um SOSAnimal na RDS!
Todas as semanas aqui estamos, sempre uma vez por semana a dar voz aos nossos pequenos amigos de 4 patas, sejam eles cães, gatos ou outros animais que façam parte das nossas vidas neste País que tão mal trata os animais.

A propósito começamos o programa de hoje, com a ausência mais uma vez, da Sandra Cardoso. Foi de todo impossível para a Sandra estar hoje aqui presente, por motivos de saúde, ficamos a aguardar que muito em breve possamos ter de novo aqui a Sandra, com o Alexandre em estúdio.

Os meus votos sinceros de rápidas melhoras, Sandra! - AR

Para já, e hoje com o Alexandre sózinho no estúdio, mas consigo aí desse lado, vamos levar em frente mais esta emissão do SOSAnimal e mais importante que tudo é que mais uma vez garantimos que os nossos pequenos amigos têem alguém que fale por eles: eu e você.

Então, recebemos aqui um texto, da Kleicy Borges que foi enviado do Canadá. Precisamente alguém que acompanha as nossas emissões através da Internet e que visita regularmente o nosso blogue (obrigada Kleicy por ler este blogue -AR), manda este texto que, pelo sentido que faz, merece ser referido na abertura do programa de hoje

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OS ANIMAIS TAMBÉM TÊM SENTIMENTOS

Têm sido muito frequentes os casos de maus-tratos para com os animais, assim como os casos de abandono, negligência, indiferença e toda a espécie de actos que conduzem a consequências de flagrante desrespeito para com a vida animal. Reportamo-nos principalmente aos mamíferos de quatro patas, nomeadamente aos vulgarmente chamados animais de companhia: os cães e os gatos. Quem teve ou tem um animal destes por companhia sabe decerto que este tipo de atrocidades cometidas ocorrem frequentemente e a ritmo diário em maior número do que seria de esperar. Infelizmente, muitos são os cães e gatos carentes que vagueiam abandonados pelas ruas à espera de um gesto de carinho, de um alimento, de um lugar quente para poderem pernoitar. E esta realidade cruel não pára de aumentar, se considerarmos os números tendencialmente crescentes de recolhas que os canis municipais fazem e dos animais que mantêm em cativeiro até chegar a hora do terrí­vel destino que é a morte por abate. Em canis municipais do paí­s encontram-se, não raras vezes, situações deploráveis de más condições de tratamento para com os quatro patas, seja em questões básicas como a alimentação, higiene e resguardo, pois a única coisa que têm é uma cela fria de um canil para dormir. Como se não bastasse, são muitos cães na mesma situação e sentem o que qualquer um sentiria num lugar atroz, ameaçador e terrí­fico. Os cães também sentem ansiedade e, nesses lugares, onde não têm carinho, nem atenção constante, pressentem que o destino não é nada bom. Sentem a problemática de ausência quando um companheiro da cela do lado parte... Sentem o isolamento e a questão premente de quando chegará a vez deles serem levados, talvez na esperança de saírem dali para poderem correr em liberdade. Mas a irritabilidade instala-se devido à incerteza que sentem, pois sabem não tornam a ver os seus companheiros que partiram e a pessoa que os leva é, não raras vezes, fria e insensí­vel, sem gestos de carinho ou piedade para com eles. Pressentem o perigo pelo faro, pelo tacto, pela ausência de afecto. Recebem visitas de vez em quando e no pensamento canino qualquer humano que seja diferente do habitual é um sinal de esperança e aviso em simultâneo. Pretendem dizer: "Tira-me daqui, leva-me embora, liberta-me!" E tantas vezes essa esperança se torna vã quando não vão com essa pessoa que está de passagem. Por vezes essa pessoa escolheu um cachorro bebé, ou então gostou mais de um cão aproximado dos de raça, ao invés deste amigo rafeiro, ou então ainda vai-se embora sem libertar nenhum, pois de tão maltratados que estão prefere comprar um animal que seja aparentemente mais saudável... E tantas vezes ele e os outros companheiros ladram sem parar, sendo-lhes apenas atirados os pratos de ração que, muitas vezes, não comem porque estão demasiado tristes para comer. Tal como as pessoas, os animais também têm sentimentos. Sentem o vazio, sentem quando alguém os tratou mal ou bem, sentem-se agradecidos quando alguém faz alguma coisa por eles e vingam-se quando são ignorados e desprezados... Há pessoas a trabalhar nesses canis para abate que até são sensí­veis e se esforçam por dar condições o mais dignas possí­veis aos animais até à chegada da sua hora. Zelam pelo seu agasalho, fazem-lhe umas festas de mimo com piedade, acompanham-nos até ao seu momento final, mas não podem mudar o seu destino mais certo e imposto ali. São impotentes para lutar contra uma lei que vigora e que a muito custo algum dia será abolida que é a lei de abate em Portugal. O canil municipal é o inimigo público número um do cão. É nele que a ameaça da morte paira no ar e é de vigência permanente, a não ser que alguém o salve e o adopte. Infelizmente são muito poucas as pessoas que conhecem esta triste realidade e que não lhes chega a informação necessária para saber como vivem os cães naquelas situações e quantos cães chega a ter um canil municipal para adoptar... Mas a maior parte deles não revela quantos animais tem em sua posse, qual o estado deles, quantos foram adoptados. Têm várias dezenas de animais e quanto maiores forem as instalações desse canil municipal, mais são os que mantêm em cativeiro. E os cães aparecem tristes, abatidos, sofrem tantas vezes de emagrecimento súbito, de irritabilidade constante, de ansiedade extrema e até, não raras vezes, de fobias... Nestes casos, por vezes, acontece o pior. Os cães ficam agressivos, porque não têm outra solução senão lutar contra o mundo cruel. É por isso que abandonar um animal traz consequências horrí­veis para o próprio animal, o homem e a sociedade em geral. Enquanto não se travarem os abandonos em massa e não se punirem eficazmente as pessoas que os abandonam e maltratam, a realidade nos canis municipais não vai acabar. E enquanto a lei do abate não for alterada ou abolida o destino de cães em canis não se altera. É preciso mudar mentalidades, denunciar actos de violência e de indiferença para com os próprios animais, pois isso viola claramente os Direitos Universais do Animal, proclamados pela UNESCO! Mas enquanto as próprias instituições não mudarem as suas atitudes, os particulares, ao verem os maus exemplos, acham que não fazem mal nenhum em deixar um animal numa praia a deambular só porque já não se acham com vontade de o manter. Acham que não fazem mal nenhum se o deixarem num poste amarrado só porque vão só ali ao café e já voltam, e tantos outros casos que se poderiam descrever que revelam a negligência das pessoas para com os animais em Portugal... E porque os animais também têm sentimentos, nunca abandones o teu animal de estimação! E quando pensares adoptar um cão ou gato, escolhe um que esteja num canil municipal. Ele ser-te-á grato o resto da vida!

Este como disse foi um texto enviado por Kleicy Borges do Canadá, ouvinte habitual deste programa SOSAnimal, a quem agradecemos a participação e o apelo mais uma vez esta causa que retrata e revela o abandono e os maus tratos aos nossos pequenos amigos de quatro patas.

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Passamos de imediato para os apelos que aqui chegam às dezenas, centenas por dia, e acredite que não é uma metáfora, é a mais pura realidade.

Assim sendo, este apelo foi feito pelo António Riscado que informou o seguinte:

LUCKY E SAMI

Desapareceram de sua casa os seus dois cães, aos quais ele tem obviamente muita estima e, a esta hora, já muita saudade, também.

Dois cães e vamos às características e a sua chamada de atenção ao circular nas ruas que fazem a área da Avenida do Mar, mais ou menos a meio, num cruzamento entre Belverde e Verdizela. É aí que está a casa do António Riscado e foi daí que os seus dois cães desapareceram no dia 3 de Janeiro.

Trata-se de um Serra d'Aire castanho escuro com as patas e o focinho de cor mais clara, castanho dourado, e também de um Samoiedo branco. Estes são os dois cães que desapareceram num incidente ao qual o António foi alheio, a porta automática que ele tem de protecção à sua casa abriu num qualquer mecanismo eléctrico que ainda não se conseguiu perceber e os animais durante a noite escaparam com a abertura dessa porta. Por isso mesmo o António está obviamente com muita saudade de ver os seus animais, já colocou imensas fotografias pelas zonas da Verdizela e Belverde, mas até agora não houve resposta. Por isso apelamos à sua máxima atenção para ver se encontra estes dois cães, Serra d'Aire assim mais ou menos de média estatura, muito peludo, pêlo castanho com as pontas mais claras, não são brancas, são castanho dourado, tem à volta de 7 anos e um Samoiedo totalmente branco, com cerca de 4 anos de idade. Chamam-se Lucky e Sami que teria na altura do seu desaparecimento, uma coleira vermelha, tal como se pode ver na foto.

LUCKY

SAMI

Fica feito o apelo, se souber alguma informação destes animais por favor contacte ou o SOSAnimal rádio através, claro, do número da RDS 21 226 8940 ou ligando directamente para o António Riscado 91 733 4571

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N I N A

Tempo ainda para lhe falarmos de mais um apelo a propósito da cadelinha Nina encontrada amarrada num poste na zona da margem sul. Uma senhora recolheu e esterilizou mas aconvivência com a outra cadela da casa não é das melhores e a Nina precisa de muita atenção. É muito brincalhona e activa. Fica o pedido de divulgação para e Nina que está a crescer o que reduz a sua oportunidade para adopção.
Os contactos são 93 328 91 60 ou 96 906 11 00

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CAMPANHAS DE ADOPÇÃO

6º Evento SOSAnimal - Terreiro do Paço

No dia 13 de Janeiro de 2008 (Domingo), o Terreiro do Paço vai estar encerrado ao trânsito automóvel, em mais uma iniciativa de mais um Domingo sem carros na Grande Lisboa.

O SOSAnimal vai estar presente com animais para adopção e sensibilização à população.
Vamos lá estar das 11:30 da manhã às 17 horas, deste próximo Domingo, 13 de Janeiro.

Pedimos aos colaboradores habituais que possam comparecer para ajudar a tomar conta dos animais, que ali vão estar disponíveis para adopção que apareçam, por favor.

E entretanto a si, ouvinte do SOSAnimal rádio da RDS e leitor deste blogue, o apelo é feito para recolher donativos que possa eventualmente fazer, e se não sabe o quê, dê um saltinho ao Terreiro do Paço e leve consigo qualquer destas opções:
  • Medicamentos diversos para animais;
  • Desparasitantes em pasta, comprimidos, sprays, etc;
  • Cobertores, mantas, toalhas, etc;
  • Cestos, alcofas, comedouros, coleiras e trelas;

Utensílios e produtos de limpeza, tais como:

  • Vassouras, esfregonas, baldes e pás;
  • Sacos do Lixo,
  • Lixívias, detergentes, trigene e outros;
  • Rolos de papel de cozinha, Toalhetes húmidos para bebé, pó de talco;

Alcool, betadine e outros desinfectantes;

Sacas de ração para Cão e Gato, Júnior ou Adulto, que pode facilmente adquirir em superfícies comerciais, em qualquer quantidade, e não precisam ser das mais caras, qualquer uma serve e mesmo as embalagens mais pequenas.

O que interessa mesmo é que haja esse gesto da sua parte. Se todos ajudarmos um bocadinho que seja, 1 euro que seja, acredite que muito em breve não vai haver animais abandonados nas ruas de Portugal, isto seria resolvido muito rapidamente.

Pense nisso, obrigado pela atenção que nos dispensou e até para a semana.

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

PROGRAMA EMITIDO DIA 03 – 01 – 08

Novo Ano, vida nova, aqui estamos para o primeiro SOSAnimal de 2008

Bem-vindos ao 2008 e vamos ver se este ano vai ser um ano em pleno e um grande ano.

Este vai ser o Ano do Animal. É o desafio que nos propomos fazer no início deste programa, no inicio deste ano, 1ª edição do SOSAnimal.

É importante referir que há mais de 40 semanas que estamos continuamente, todas as semanas com os nossos ouvintes neste espaço aqui na RDS e é importante referir isso, que não houve nenhuma altura em que o programa tivesse sido repetido duas semanas, foram sempre conteúdos diferentes, inclusive nas nossas férias, e isso deixa-nos cheios de orgulho porque significa que ao longo de mais de 40 semanas, conseguimos dar voz aos pequeninos amigos de 4 patas, e eles concerteza ficam mais satisfeitos por saberem que todas as semanas, mesmo em férias, houve alguém que falou por eles.

E tu ás vezes não te acontece um amiguinho de 4 patas desconhecido ir te cheirar e tal?

Acho que eles ouvem o nosso programa e depois vêem-nos na rua e vêm dizer-nos obrigadinha. Houve até um hoje que veio pedir-me autógrafos mas eu disse “não, e tal, por amor de Deus” ao que ele respondeu “não, eu só queria um café”... onde é que eu já vi isto?

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Estamos no início de um novo ano, (e estes dois passaram-se de vez, cá pra mim) o início de uma série de tarefas que vêm pela frente, sempre na defesa e na causa animal.

É altura para, em pouco tempo, para também não ser muito maçudo, fazermos um balanço do que foi o ano que passou, para o bem e para o mal.

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Fazendo um balanço de 2007

Vamos começar pelo negativo e depois vêem as boas notícias.

Temos então a dizer, pela negativa, que este ano infelizmente, continuou a ser um ano de muitos abandonos, de atrocidades monstruosas, continuam a aparecer animais molestados, animais torturados, animais mortos em sabe Deus o quê, as lutas de cães proliferam por este nosso Portugal, a sensação de impunidade perante as pessoas que fazem mal aos animais é uma sensação que todos nós sentimos e partilhamos porque é a realidade; fez-se muito pouco pela causa animal, infelizmente contra nós falamos porque nos sentimos impotentes e fraquinhos, que não é o suficiente o que andamos a fazer; em relação aqui ao nosso programa temos imenso feedback das pessoas e por isso bem-hajam porque nunca pensámos receber tantos telefonemas diários, estamos a falar sinceramente, é de manhã à noite, telefonemas e emails que a Sandra e o Alexandre recebem de pessoas a darem o feedback, o que acham, para o bem e para o mal, e no geral, a sensação que temos é que 2007 não foi um ano evolutivo na causa animal, não foi um ano produtivo na causa animal, e as pessoas que fazem mal aos animais e que colaboram nesta impunidade generalizada, continuam contentes e felizes e perfeitamente à vontade para o fazer.

Por isso, esta parte negativa, serve apenas e só para abrir a porta para a parte positiva, o facto de termos conseguido dar mais de 1100 animais, e desde já, boa! Boa, voluntários! Boa pessoas que gostam de animais! Boa, pessoas que vão ter connosco às campanhas e dizem Alexandre, Sandra, ouvimos o vosso programa, nós também fazemos um bocadinho na nossa aldeia, na nossa cidade, na nossa rua. Boa, a todos que sacrificam a vossa vida pessoal, profissional, gastam dias, horas, o pouco dinheiro ou o muito, não importa, gastam a vossa vida, que é o mais importante, em prole dos animais e a ajudarem, nem que seja com uma boleia, nem que seja ao ajudarem um bichinho que vos apareça à frente.

E isso nós temos visto que é crescente, que cada vez mais as pessoas têem consciência que nós somos o nosso mundo, e que nós podemos mudar o mundo. Nunca acreditem naquela história de “se não fizermos nós, faz o vizinho, ou o tio, ou o resto do Mundo”. Isso não importa nada, o que importa é que nós tenhamos força e vontade de mudar e que todos os dias consigamos ultrapassar essa barreira parva do “sozinho não consigo fazer nada”. Isso não é verdade. Toda a minha vida trabalhei sozinha e fiz muitas coisas até me juntar ao SOSAnimal e até ter este grupo de pessoas espectaculares que colaboram com o SOSAnimal, até conhecer outras pessoas como por exemplo, o Alexandre para fazermos este programa, e eu acreditei sempre que uma pequena acção ía fazer diferença no mundo. E são pequenas acções que se vão juntando e são pessoas que vão juntando outras pessoas que conseguem fazer mudar o mundo. Por isso não fique a pensar “ah, não faço porque não vale a pena, sou só eu, sozinha isto não leva a lado nenhum”. Leva concerteza. Por isso, neste novo ano, lembre-se que o SOSAnimal, deu 1100 animais com a sua ajuda, por exemplo. Já foi uma pedra neste muro que é preciso construir. Lembre-se que este ano surgiu um grupo de trabalho para rever a Lei animal em Portugal. Ainda não temos frutos, mas já temos o grupo de trabalho formado e há mais de 60 anos que nada era feito nessa área, os primeiros passos estão dados.

Agora há que continuar a incentivar essa gente que se predispõe a fazer esse tipo de coisas e, enfim, acho que é importante voltarmos a salientar que foram dados 1100 animais para adopção, e só do SOSAnimal!

É certo que houve uns tantos, cerca de 100, que voltaram, que foram devolvidos com as tais desculpas das alergias, etc., mas o fundamental é que a grande maioria foi para adopção, houve muitos animais salvos pelo SOSAnimal e é importante lembrar que provavelmente, o que falta no programa para mostrarmos os animais que trazemos semanalmente para adopção, são as imagens desses animais.

Essas imagens podem ser encontradas aqui no blogue, uma espécie de diário, neste caso, um espaço semanal em que apresentamos tudo aquilo que fazemos no programa. E não esquecendo, igualmente, que muitas mais imagens e animais, podem ser vistos e encontrados no site do SOSAnimal, evidentemente. Quando se fala de animais para adopção colocamos aqui também neste espaço as fotografias para que possa ver em pormenor os animais que por aqui passam.

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ESPAÇO ADOPÇÕES

E porque o tempo está sempre contra nós, avançamos rapidamente para o tema das adopções.

Começamos precisamente por isso mesmo, se os nossos ouvintes vissem aquela fotografia do Spears, onde ele olha para a janela, e olha para a janela porquê?

O Spears foi um animal que foi adoptado à SOSAnimal quando era pequenino, há cerca de 2 anos e foi adoptado por um senhor que, o mês passado, infelizmente, faleceu. Faleceu e as filhas, uma está fora do país e a outra não tem possibilidade de ficar com ele e então o Spears está para adopção.

Esta fotografia do Spears a olhar para a janela, é o que ele fez durante várias semanas. Ficava à janela à espera que o dono regressásse porque não queria aceitar que o dono tinha morrido e esperava por ele na mesma como todos os dias esperou. Este tipo de amor, de dedicação, só conseguimos encontrar nos animais, digam o que quizerem.

É de uma ternurna e de uma sensibilidade extrema esta fotografia que republicamos aqui no nosso blogue, do Spears, um canito muito pequenino com apenas 10 kg, muito bonito, branco, fantástico, parece um Bichon um bocadinho maior. Em casa esperava habitualmente o dono à janela quando ele saía, ía à rua e depois voltava e o Spears estava à janela à espera do dono. Ora acontece que o dono morreu e ele continua à janela a olhar para o infinito, a olhar para o horizonte, à espera que o dono regresse um dia.

Este cão precisa de alguém que o apoie, alguém que o adopte e talvez seja através do programa que consigamos começar o ano da melhor forma se recebermos um contacto seu para os contactos do Spears, com a intenção de o adoptar.

Os contactos são o 91 676 7470 ou o 91 765 9365 ou através dos emails

Alexandre alexandre@rds.pt

Ou ainda no site do SOSAnimal em www.sosanimal.com

Não faltam formas de contacto para que possa adoptar o Spears e acredito piamente que vamos ter alguém através deste programa ou deste blogue a adoptar o Spears e a tirar aquela imagem que eu registei e que você também vai registar certamente e souber de antemão a história dele.

Ao olhar para esta fotografia e ver um animal em pé, a olhar para a janela à espera que o dono chegue a qualquer momento, dono esse que não vai chegar nunca porque faleceu há um mês e adorava o animal, tinha uma excelente relação com ele, e inclusivamente deixou sempre indicações caso ele morresse, o que fazer ao Spears. Era um homem jovem, por isso não se estava à espera que morresse, mas a preocupação e o amor por aquele cão era tanto que deixou indicações, os nossos contactos directos, para o caso de lhe acontecer alguma coisa, o que fazer. Nunca entregar o Spears a um canil ou abatê-lo.

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Chegamos assim ao final de mais um programa, o primeiro deste novo ano, e não se esqueça que este é o Ano dos Animais. Os votos de um grande ano de 2008 para si e esperamos que continue sempre a acompanhar o nosso espaço na RDS e que nos ajude a cada semana a ajudar os animais que tanto precisam de todos nós. Um bom ano para todos.